quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Panela vazia é fome?




Panela vazia é fome?

A vida dos cidadãos brasileiros tiveram diversas mudanças nos últimos anos, conforme dados de órgãos oficiais tem relatado e os meios de comunicação divulgaram durante muito tempo.

Atualmente a palavra crise tem sido muito proclamada dentro do país, seja através das redes sociais, jornais escritos, televisionados, enfim as mídias em geral, desde a última eleição ocorrida no ano anterior, por interesses ou não tem proclamado esta palavra.

Ao considerar os números apresentados na última década, foi possível uma leitura real de fatos em que os institutos oficiais divulgaram, além de ser uma questão visível e não “microscópica” no ponto de vista dos avanços sociais e econômicos que atingiram aos cidadãos comuns.

Os dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação divulgaram de 2002 a 2012, o Brasil conseguiu reduzir a extrema pobreza em 75%, chegando a diminuir mais de dezesseis milhões de pessoas da pobreza, dentre os programas que contribuíram a esta melhoria, existiu o fome zero e a incorporação de programas sociais, além de principalmente os aumentos reais dos salários que distribuiu renda em todas as camadas sociais.

Estes números são compreendidos quando percebe o quanto os moradores de bairros pobres melhoraram a situação, adquirindo o automóvel, construindo a casa própria, renovando a mobília da casa, viajando de avião e muitos outros exemplos que ilustram a ascensão da classe trabalhadora aos bens de consumo de maior qualidade.

Interessante observar que na década de 1990, foram lançados programas em parceria com a iniciativa privada, por exemplo, “Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida” do sociólogo Herbert de Souza, mas não vemos movimentos dos pobres ou miseráveis batendo panelas, por estas estarem vazias, caso tivesse ocorrido poucos seriam os meios de comunicação que divulgariam, afinal seriam pobres e miseráveis qual a importância? 

Dizer que no momento atual a situação está boa, seria brincar com a inteligência alheia, no entanto dizer que é o pior momento da economia significa esquecer e apagar a história, quando divulga inflação, desemprego, risco de aposentados não receber a metade do 13.º, basta ter um pouco de memória “viva e” histórica’, será possível perceber que trata de interesses distintos na crise, a inflação já esteve a oitenta e quatro por cento ao mês, o desemprego próximo de vinte por cento, metade de décimo terceiro antecipado existe há poucos anos, enfim a crise está sendo cultuada para o quanto pior melhor “para alguns”.

Portanto, quando a inflação era 100 vezes mais que a atual, mesmo assim não batiam panelas, porque o pobre ainda estava a procura de driblar a situação lutando por emprego e dignidade, hoje se batem panela contra a corrupção até merece parabéns, pois qualquer partido ou político corrupto merece repúdio, mas bater panelas apenas para dizer que situação econômica e social está ruim, certamente são aqueles que não entendem de fome e miséria ou fingem ter esquecido a história do país.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 27 de Agosto de 2015
Dario Belibaldo Acacio

domingo, 19 de julho de 2015

Presidente da Câmara



Presidente da Câmara

O Brasil tem em seu quadro político a formação do Congresso Nacional, composto pelo Senado Federal e Câmara dos Deputados, sendo os deputados federais legítimos representantes da população em geral, enquanto os senadores representam diretamente os Estados.

A primeira legislatura de deputados fora autorizada com a promulgação da Constituição Brasileira de 1824, mas ficou suspensa pelo Imperador D. Pedro I, sendo iniciado oficialmente o exercício dos deputados no dia 28 de abril de 1826.

Atualmente o País vivencia a legislatura cinquenta e cinco, tendo quinhentos e treze deputados que representam proporcionalmente todos os habitantes dos respectivos estados e do Distrito Federal, os deputados elegem a cada dois anos, o presidente da Câmara dos Deputados é eleito pelos parlamentares da Casa de Leis (Câmara dos Deputados), e tem a seu favor a agenda de votações, com poder de escolher qual matéria será votada, seja esta própria dos deputados ou do executivo.

O atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha tem a prerrogativa de assim como os anteriores, ser o presidente da república se afastado presidente e vice-presidente, o presidente do senado vem na sequência, isto é constitucional.

Diante dos fatos atuais em que cogita cassação dos cargos de presidente e até do vice-presidente da república, há certamente um olhar e ação do presidente da Câmara motivado pelo interesse do poder maior da nação. No entanto, o presidente da Câmara foi eleito com votos do partido PMDB e grande parte da oposição ao Dilma e aliados descontentes, o partido do governo perdeu a presidência e o atual presidente colocou em votação tudo o que ele quis, sem interferência alguma do governo, demonstrando até então a independência da Casa de Leis.

Mas notícias que vieram à tona, no final de semana veio confirmar especulações em relação ao presidente da Câmara, ao considerar que os donos de empresas denunciaram o Eduardo Cunha, ter cobrado cerca de 15 milhões de reais em propina, demonstrando para todo Brasil, que o deputado está acusado de envolvimento nas propinas da empresa Petrobrás, portanto dentro da apuração da “lava jato”.

A oposição que estava gostando do presidente da Câmara agora, não pode defendê-lo porque sempre estiveram aplaudindo todo o trabalho do Juiz Sérgio Moro, e agora não podem contradizer.

Considerando que o atual presidente da Câmara Eduardo Cunha, não tem momentaneamente, apoio nem do próprio PMDB, fica muito difícil conseguir manter no cargo, tem ficado isolado pelo menos neste início de recesso parlamentar.

O Eduardo Cunha acusa o Planalto e a Procuradoria de perseguição, inclusive promete dar troco à presidente Dilma, mas sabe-se, porém que pouco tempo ele terá para isto, em minha simples análise, mais uma vez teremos o momento “Severino Cavalcante”, que eleito em fevereiro de 2005, num momento de crise do governo Lula, teve que renunciar o mandato de deputado federal, por conseguinte o de presidente no mês de setembro do mesmo ano, prometendo voltar, mas depois só conseguiu ser prefeito da cidade onde tinha iniciado sua carreira política.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 19 de Julho de 2015.
Dario Belibaldo Acacio

domingo, 7 de junho de 2015

Reforma Política aos outros

Reforma Política aos outros

O Brasil tem assistido nas últimas semanas os episódios da reforma política, que está acontecendo no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados tiveram votando diversas matérias inerentes às mudanças eleitorais que farão  a diferença no quadro eleitoral do País, caso confirmem na segunda votação da Câmara e também terão dois turnos no Senado Federal.

Algumas mudanças eram consideradas certeiras, mas em primeira votação mostrou-se ao contrário da opinião que precedia as definições, principalmente o caso do chamado “Distritão” que previa transformar a eleição de vereadores e deputados  de proporcional à majoritária, isto é, se aprovado os votos seriam contabilizados individualmente e não mais para o partido, no entanto esta mudança não aconteceu, permanecendo a legislação atual, além das coligações que havia sido proposto o fim, mas ficou como estava.

O fim da reeleição para executivos, já aprovado em primeira votação era aguardado com certa ansiedade, o financiamento de campanha não obteve mudanças, só terá caso o Supremo acate o pedido de anulação da votação que aprovou financiamento das empresas aos partidos,  ainda estarão sendo votados o tempo dos mandatos e a unificação ou não das eleições.

É interessante frisar que as votações prevendo mudanças nas eleições, consideradas como “Reforma Política”, tem prerrogativa do legislativo, composto por deputados federais e senadores, no entanto as mudanças votadas até o momento referem principalmente ao poder executivo, (ao aprovar o fim da reeleição), considerando que os demais itens aprovados até o início do mês de junho de 2015 em primeira votação,  mantém em geral a Lei atual, demonstrando a indisposição de mudar a legislação eleitoral referente à Câmara dos Deputados e Senadores, isto é, reforma política aos outros.

O atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, inclusive estuda a possibilidade de colocar em votação a emenda constitucional, que permita a ele mesmo ser candidato a reeleição de presidente da Câmara, demonstrando o quanto o legislativo está empenhado em reforma política, mas de acordo  aos seus interesses.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 07 de Junho de 2015

Dario Belibaldo Acacio

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Shumacher – A vida e o dinheiro

Shumacher – A vida e o dinheiro

O mundo em seu verdadeiro sentido capitalista faz mover tudo através dos recursos financeiros e bens que o ser humano conquista, independente da sua forma de acúmulo deste capital.

Há milhares de anos a história revela o quanto as pessoas ao deter grandes fortunas, têm uma valorização dentre o meio social onde vive, os avanços tecnológicos e mudanças da revolução industrial aprimoraram as formas de acumular riquezas, nos primitivos a agropecuária e agricultura eram sinônimo de riquezas, na vida contemporânea além destas existem indústrias, comércio e uma variedades de opções.

Dentre as opções rentáveis, atualmente  a fórmula um que concentra uma competição automobilística e teve início nos primórdios do século passado, têm equipes ligadas diretamente as grandes marcas de motores existentes no planeta.

Incorporam-se neste movimento grandes interesses somando cifras bilionárias, envolvendo os competidores / atletas, que pilotam a fim de ganhar prêmios pelas suas classificações além de ser uma maneira de propagar as marcas presentes nas disputas de pódio.

Quando um carro de uma equipe “marca”, chega em primeiro lugar numa corrida ou no campeonato do ano, diz-se “mérito do motor que é excelente e... teve como piloto...”, quando chega em último lugar ou entre últimos, diz-se “o piloto não foi bem”. Quando o piloto é bom, todas as equipes querem ter este competidor para associar a marca com a imagem deste vencedor, no entanto a situação de Michael Schumacher atualmente expressa a realidade do quanto vale motor e quase não vale o ser humano.

Enquanto Schumacher dava lucro com sua imagem, pois a cada corrida ganha certamente os lucros com aquele determinado motor aumentavam, mas agora os grandes patrocinadores do corredor estão deixando de patrocinar levando em conta que seu estado de saúde tem se agravado, e por considerarem que motores são negócios que podem ser vendidos, mas competidor é preciso descobrir outros e deixar de lado aquele que sua imagem não representa mais lucro.

Este é o grande retrato da vida, onde o ter vale mais que o ser.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 27 de Maio de 2015

Dario Belibaldo Acacio

terça-feira, 26 de maio de 2015

Reforma Eleitoral

Reforma Eleitoral


O processo eleitoral no Brasil ocorre alternadamente a cada dois anos, visando eleger os representantes da população  no poder legislativo e executivo, possibilitando a escolha pelos brasileiros entre dezoito e setenta anos, sendo liberados para votar ou não, aqueles que têm idade entre 16 e 18, além dos acima de setenta anos.

A votação para escolha dos chefes de poder executivo, seja para prefeito, governador e presidente são mais compreendidos pelos eleitores, considerando que todo brasileiro gosta de ver resultados eleitorais, acompanhando as campanhas até a totalização dos votos, sendo simples de entender que o mais votado entre os candidatos consegue ser o governo para a esfera eleita, pelos próximos quatro anos. Aplica esta regra dos cargos do executivo também para os senadores que possuem um mandato de oito anos, com eleição ganha a partir da maioria simples dos votos.

O sistema em que o mais votado recebe o diploma de eleito e está apto para governar, denomina-se majoritário determinando os resultados da eleição pela maioria, descontados  votos brancos e nulos, não podendo ser a quantidade de votos brancos superiores ao candidato mais votado.

As escolhas dos vereadores, deputados estaduais e federais, são através do processo proporcional, de forma que os votos pertencem ao partido, a conta dos votos necessários para cada vaga na câmara de vereadores, por exemplo, é finalizada a partir da somatória dos votos válidos para vereadores, dividido pelo número de cadeiras ou vagas da câmara municipal, este resultado denomina-se quociente eleitoral.

Diante da lei eleitoral atual o vereador ou deputado que fizer muitos votos, os chamados puxadores de votos, podem fazer vários quociente eleitorais ajudando eleger colegas candidatos do mesmo partido ou coligação, que não fizeram quase nenhum voto. Esta conta deixa muitos eleitores e a população perplexa, por não entender as razões que um vereador fez menos de cem votos e foi eleito devido ao colega que fez o equivalente a duas ou três vagas, no mesmo município pode ocorrer que  outro candidato conseguiu um mil votos e não foi eleito, pois os companheiros de partido ou coligação não completaram o quociente eleitoral equivalente para preencher uma vaga.

O sistema proporcional de votos para o legislativo deixa a população confusa, considerando que o brasileiro vota nas pessoas, isto é, na maioria não se preocupam na questão partidária. A legislação para eleição proporcional é partidária, valoriza os partidos, enquanto que o cidadão de forma geral vota no político.

Há uma previsão de mudança eleitoral, a denominada “reforma política” que poderá iniciar ainda no mês em curso, prometendo pelos parlamentares a legitimação desta vontade popular de eleger e valorizar o político, em caso de ser aprovado pelo congresso nacional a retirada do processo eleitoral “proporcional” e transformar a eleição para vereador e deputados em majoritária, serão eleitos os parlamentares que obtiverem mais votos, não mais serão considerados os votos do partido.

A transformação de eleição proporcional em majoritária está sendo definida como “distritão”, ou seja, em linhas gerais o congresso se aprovar estará regulamentando na prática a forma que os eleitores votam, embora  atualmente todos votem nas pessoas, mais os resultados  são benefícios aos partidos políticos, situação a ser invertida a partir da mudança.

Considerando a reforma política e todas as diversas propostas, a do distritão será apenas um dos itens propostos pelos  parlamentares, podendo ser aplicados em todos os municípios ou naqueles com duzentos mil eleitores acima, no caso de vereadores, já quanto aos deputados para todos os  estados e Distrito Federal.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 26 de Maio de 2015.

Dario Belibaldo Acacio

sábado, 25 de abril de 2015

O cenário do dólar



O cenário do dólar

Os países não sobrevivem sem utilizar moedas, pois o sistema de troca de produtos por produtos só existiu entre os primitivos, atualmente o dinheiro deve fazer parte da vida de quase cem por cento da humanidade.

A valorização e desvalorização estão intimamente ligadas ao poder de compra que as respectivas moedas dão à população do país. No Brasil o dinheiro tem nome de real estabelecido desde o primeiro dia de julho do ano de 1994, no início o real tinha um valor acima do dólar americano, mas com o passar do tempo, a situação inverteu e atualmente para adquirir um dólar são precisos três reais.

Observando um pouco da história, no ano de 2002 por ocasião da campanha eleitoral para presidente, quando a oposição aparecia nas pesquisas eleitorais à frente da situação, a tendência do dólar era subida constante, confirmando a eleição de Lula para presidente, o dólar chegou ao recorde de três reais e noventa e sete centavos antes da posse. Este cenário segundo especialistas em política tinha como foco a insegurança do novo, que não havia acontecido nos anos de 1994 e 1998, por ter sido eleito governo da situação.

Com a eleição de Lula para o segundo mandato em 2006, de Dilma em 2010 houve pequenas alterações e turbulência, no entanto na última eleição de 2014, as variações foram enormes, mas o que chama a atenção de fato, é que  as altas do dólar  aconteceram durante a campanha eleitoral e após a reeleição de Dilma, sempre as notícias apresentadas apontavam que o dólar tinha aumentado por desconfiança dos investidores em relação ao governo federal, também se diziam da baixa popularidade do governo, inclusive os oposicionistas sempre contaram estas mesmas notícias, enquanto que a defesa do governo era o cenário internacional.

Após quatro meses de governo o dólar americano recuou, e interessante todas as agências de notícias e políticos em geral estão dizendo que, a baixa do dólar está relacionada ao baixo desempenho dos empregos americanos, enfim estão afirmando ser o “cenário internacional” responsável pela queda do dólar, demonstrando  uma visão de “camaleão”, ou seja, a culpa é do contexto geral, para não concordar com o governo que a alta também tem a ver com o mesmo motivo.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 25 de abril de 2015.
Dario Belibaldo Acacio