Reformas
O
Brasil vive momentos históricos, pois desde o final do ano 2014, há
movimentações intensas relativas às questões políticas, envolvendo a população
em geral, mas com manifestações dos políticos sempre em defesa da classe política.
É
possível perceber a existência de um poder alternativo, ou mesmo o quarto poder
que atua diariamente com finalidade implícita, divulgando as ações de um
governo que possui baixíssima aprovação popular, no entanto este trabalha para
atender uma camada da população ligada diretamente ao controle do capital
financeiro.
Considerando
o governo eleito na última eleição para presidente, a baixa popularidade era
fato para o legislativo justificar o afastamento definitivo, mas os acordos bem
amarrados para mudar a história dos trabalhadores foram bem feitos, ao ponto
que todas as contas da previdência dos grandes capitalistas, estão sendo perdoadas
pois o trabalhador através das reformas será o grande responsável de pagar a
conta.
Infelizmente
a votação do legislativo nas reformas, são representação de toda população que
elegeu, mas na situação atual a proposta do executivo eleito no ano de 2014, era
totalmente diferente das propostas que estão sendo implementadas atualmente.
Na
realidade foram quatro eleições consecutivas em que o eleitor rejeitou esta
proposta de mexer na aposentadoria de forma radical como está sendo feito, além
da flexibilização das leis trabalhistas que não tinha previsão de ser alterada
neste nível em que estará sendo implementada.
Outra
mudança já efetivada foi o congelamento de despesas durante vinte anos, que
poderá certamente afetar a educação e saúde. Já se admite a cobrança de
mensalidades em universidades federais, como também se cogitou em tabelar as
consultas do sus, demonstrando claramente que Jessé de Souza, em seu livro a “Radiografia
do Golpe”, explica em detalhes que de fato ocorreu no Brasil foi uma grande
falácia para justificar naquele momento a necessidade de afastar a presidente,
com propósito retirar dos trabalhadores os direitos e aumentar o ganho dos que
já são donos do capital.
Toda
justificativa para confirmação do afastamento da presidente, foi de forma
repetidamente embalada por uma mídia que orquestrou a ideia, passando a imagem
que seria a única forma de melhorar o Brasil, depois, veio a pec dos vinte
anos, e atualmente estão reforçando a necessidade urgente da reforma
trabalhista e da previdência, como responsável pela melhora do Brasil,
demonstrando claramente que as tentativas anteriores não deram resultados.
Para
o trabalhador em geral, soa como a tragédia anunciada nos direitos trabalhistas
e postos de trabalho, pois é o que fica evidente a cada dia que passa,
inclusive vindo o apoio do grupo de parlamentar totalmente oposto ao trabalhador.
Diante
da realidade, a reforma que aparenta ser um pouco mais democrática do ponto de
vista da “divulgação” do Supremo Tribunal Federal, é a lista em que finalmente
parecem ter dado uma “reformada” e apresentado políticos dos mais diversos
partidos, isto ainda não significa apuração e condenação, considerando o tempo
que demora na justiça para o andamento do processo.
Mesmo
com a existência de uma lista onde contempla políticos dos mais variados
partidos, é perceptível que alguns políticos aparecem nos noticiários todos os
dias, inclusive os delatores em gravações falando o nome de políticos, outros
são poupados e dificilmente são citados nos noticiários, isto infelizmente
parece ter influenciado na justiça, pois tem tornado um tanto comum o juiz que
deve despachar diretamente do gabinete, fazer comentários e nas redes sociais.
Face
ao exposto, a política está desacreditada, há uma esperança que a lava jato
faça a reforma na política de forma justa, sem interferência “política”, pois
se tiver interferência, o resultado será o pior possível, como exemplo basta
ver e assistir nossos representantes “políticos” dizendo claramente que são
contra o trabalhador, por considerar todos intrusos que atrapalham as grandes
empresas.
Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 07 de
Maio de 2017.
Dario Belibaldo
Acacio