domingo, 7 de maio de 2017

Reformas

Reformas

O Brasil vive momentos históricos, pois desde o final do ano 2014, há movimentações intensas relativas às questões políticas, envolvendo a população em geral, mas com manifestações dos políticos sempre em defesa da classe política.

É possível perceber a existência de um poder alternativo, ou mesmo o quarto poder que atua diariamente com finalidade implícita, divulgando as ações de um governo que possui baixíssima aprovação popular, no entanto este trabalha para atender uma camada da população ligada diretamente ao controle do capital financeiro.

Considerando o governo eleito na última eleição para presidente, a baixa popularidade era fato para o legislativo justificar o afastamento definitivo, mas os acordos bem amarrados para mudar a história dos trabalhadores foram bem feitos, ao ponto que todas as contas da previdência dos grandes capitalistas, estão sendo perdoadas pois o trabalhador através das reformas será o grande responsável de pagar a conta.

Infelizmente a votação do legislativo nas reformas, são representação de toda população que elegeu, mas na situação atual a proposta do executivo eleito no ano de 2014, era totalmente diferente das propostas que estão sendo implementadas atualmente.

Na realidade foram quatro eleições consecutivas em que o eleitor rejeitou esta proposta de mexer na aposentadoria de forma radical como está sendo feito, além da flexibilização das leis trabalhistas que não tinha previsão de ser alterada neste nível em que estará sendo implementada.

Outra mudança já efetivada foi o congelamento de despesas durante vinte anos, que poderá certamente afetar a educação e saúde. Já se admite a cobrança de mensalidades em universidades federais, como também se cogitou em tabelar as consultas do sus, demonstrando claramente que Jessé de Souza, em seu livro a “Radiografia do Golpe”, explica em detalhes que de fato ocorreu no Brasil foi uma grande falácia para justificar naquele momento a necessidade de afastar a presidente, com propósito retirar dos trabalhadores os direitos e aumentar o ganho dos que já são donos do capital.

Toda justificativa para confirmação do afastamento da presidente, foi de forma repetidamente embalada por uma mídia que orquestrou a ideia, passando a imagem que seria a única forma de melhorar o Brasil, depois, veio a pec dos vinte anos, e atualmente estão reforçando a necessidade urgente da reforma trabalhista e da previdência, como responsável pela melhora do Brasil, demonstrando claramente que as tentativas anteriores não deram resultados.

Para o trabalhador em geral, soa como a tragédia anunciada nos direitos trabalhistas e postos de trabalho, pois é o que fica evidente a cada dia que passa, inclusive vindo o apoio do grupo de parlamentar  totalmente oposto ao trabalhador.

Diante da realidade, a reforma que aparenta ser um pouco mais democrática do ponto de vista da “divulgação” do Supremo Tribunal Federal, é a lista em que finalmente parecem ter dado uma “reformada” e apresentado políticos dos mais diversos partidos, isto ainda não significa apuração e condenação, considerando o tempo que demora na justiça para o andamento do processo.

Mesmo com a existência de uma lista onde contempla políticos dos mais variados partidos, é perceptível que alguns políticos aparecem nos noticiários todos os dias, inclusive os delatores em gravações falando o nome de políticos, outros são poupados e dificilmente são citados nos noticiários, isto infelizmente parece ter influenciado na justiça, pois tem tornado um tanto comum o juiz que deve despachar diretamente do gabinete, fazer comentários e nas redes sociais.

Face ao exposto, a política está desacreditada, há uma esperança que a lava jato faça a reforma na política de forma justa, sem interferência “política”, pois se tiver interferência, o resultado será o pior possível, como exemplo basta ver e assistir nossos representantes “políticos” dizendo claramente que são contra o trabalhador, por considerar todos intrusos que atrapalham as grandes empresas.
  
Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 07 de Maio de 2017.
Dario Belibaldo Acacio