domingo, 29 de junho de 2014

Interesses pessoais acima da democracia



Interesses pessoais acima da democracia

Em pleno momento de copa do mundo, acontecem as finais das convenções partidárias que definem quais os candidatos estarão disputando os votos dos eleitores brasileiros, as manchetes nos jornais diversos impressos e online, apresentam os nomes de candidatos, convidam partidos para coligações e assim ocorre a formação de chapas majoritárias, presidente, governadores com respectivos vices.

Este aperto no tempo, na realidade acontece diante das necessidades que os grupos têm para montar a chapa de candidatos aguardarem as possíveis candidaturas, no entanto os prazos estipulados pelo Tribunal Superior Eleitoral na Lei nº 12891 de 11 Dezembro de 2013, são conhecido com antecedência de no mínimo um ano, por todos os partidos considerando que o critério continua o mesmo, a escolha de candidatos em 2014 é de 12 a 30 de junho.

As questões democráticas e ideológicas constam no estatuto partidário, demonstrando qual a linha que o partido deve seguir, mas todos conhecem um político ou mais que em sua militância esteve em diversos partidos, deixando claro na história que prevalece as influências pessoais do nome  em detrimento das normas partidárias e discursos ideológicos.

Atualmente no Estado de São Paulo,  humorista Tirica está sendo cotado com base na eleição de 2010, ser um candidato que poderá ter votos suficientes para eleger mais deputados na chapa sejam estes do partido ou da coligação. Desta forma muitos se filiaram no partido independente das questões ideológicas e estatutárias, mas interessados em ser eleitos pelo chamado “puxador de votos”.

Situações semelhantes acontecem em geral com os partidos, muitos  fazem a ata da convenção,  mas devido os acertos não de filiação e sim de coligação, deixam os documentos em aberto, para confirmar a coligação até  o dia 30 de junho. Interessante verificar como ficam explícitos os interesses pessoais acima dos ideais democráticos, quando observa um candidato tentando ter o vice de um partido ou até mesmo do outro que historicamente estão sempre em oposição.

Diante desta situação que acontece, o cidadão deve ficar atento aos interesses políticos existentes em todas as chapas de candidatos, e como a escolha será inevitável, torna-se importante atentar e valorizar as menores incoerências do mundo político, lembrando que infelizmente os interesses pessoais sobrepõem na maioria dos acordos políticos para governar ou legislar.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 29 de Junho de 2014.
Dario Belibaldo Acacio