domingo, 24 de abril de 2016

Eleição indireta

Eleição Indireta

Após quase trinta anos da aprovação das eleições diretas para presidente e vice-presidente da república, percebe-se um grande entusiasmo pelos congressista em poder decidir sobre presidente da república.

Antecedendo a constituição cidadã, atual proclamada em 1988, o Brasil teve a derrota da emenda Dante de Oliveira, que previa as "Diretas Já".

Depois de 7 eleições diretas para presidente da república, sendo que se considerar o resultado do dia 17 de abril de 2016 na Câmara dos Deputados, será o segundo mandato em que o mandatário não consegue concluir em razão do impeachment,  dos 4 eleitos no período, 2 afastados, isto é 50% não concluiu o mandato.

Ao observar o que os Deputados atuais estão muito convencidos do poder exercido na votação do impeachment, mesmo estando cerca de 60% deles envolvidos em corrupção, torna se possível prever a existência de parlamentares, com uma vontade imensa de exercer o mesmo poder para afastar, também para eleger.

A esperança está de fato nas ruas, na mídia considerada de baixo clero, que continue denunciando os desmandos nacionais, caso contrário o Brasil pode ainda ter a decepção de voltar a eleição indireta para presidente, com alegação semelhante a de Bolsonaro "que disse ter votado a favor do impeachment, para a presidente não eleger o sucessor em 2018".

Caso a "grande mídia" mostrar um eventual governo Temer numa mudança radical de melhora para a população, poderá ser comparada com Itamar Franco em relação ao plano Real e, vir a justificativa, "que os deputados sabem escolher", por este motivo devem ser eles a escolherem o presidente.

Com toda formação política construída através da abertura democrática no Brasil, considero pouco provável esta hipótese, mas vale como alerta frente aos movimentos dos parlamentares que pode surgir a partir deste ano.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 24 de Abril de 2016
Dario Belibaldo Acacio