15
de Março – Sindicalismo da elite
O
Brasil tem na sua composição populacional uma pluralidade de pessoas que em
conformidade ás suas ocupações de trabalho, defendem com muita propriedade por
tratar de sobrevivência, ou seja, o trabalhador tem prazer em defender sua
profissão considerando que sua força de trabalho tem um valor singular.
Nos
últimos 12 anos o trabalhador brasileiro mesmo que não reconheça, recebeu uma
valorização salarial, além de surgir milhares de vagas de trabalho novo,
diminuindo cinquenta por cento o desemprego. Ao agregar os programas sociais,
dados oficiais demonstram saída da
miséria de mais 36 milhões de brasileiros.
O
aumento das vagas de trabalho no Brasil elevou e muito o ganho dos
trabalhadores, as diárias, por exemplo, que eram de míseros dez reais, passou a
ser no mínimo de 600% a mais, isto é, o trabalhador em 2003 precisava trabalhar
um dia para comprar um pacote de arroz, atualmente pode comprar seis ou sete.
O
salário mínimo do Brasil saltou de R$ 240,00 para R$ 724,00, dando um reajuste de
201%, considerando a inflação deste mesmo período de doze anos, os índices (IPC-FIPE
Geral e/ou IGP-10) apontam uma variação de 83,48% a 108,19%, demonstrando que o salário mínimo
teve uma correção 100% acima da inflação do período.
Diante
destes fatos reais, o trabalhador em geral obteve mais renda nestes anos,
contribuindo para alavancar o consumo a geração de rendas a todas as classes
sociais e inclusive estes ganhos reais e melhoria da qualidade de vida do
trabalhador serviram para incomodar a elite “burguesa” ou aqueles que se julgam
ser parte da elite e estão preocupados com a ascensão desta classe popular aos
bens de consumo, que até pouco tempo era apenas do grande industrial,
empresários etc.
Frente
esta realidade, a população das classes A e B, são contra o trabalhador ter o
tipo de acesso atual, o programa bolsa família faz muito pouca diferença para a
maioria dos brasileiros em elevação da renda, o que de fato tem feito a
diferença trata-se do “aumento real do salário mínimo e da mão de obra em geral”.
Portanto,
as manifestações contrárias aos governos populares voltados ao trabalhador, não
estão focadas em tirar um presidente, o objetivo maior é diminuir o acesso do
trabalhador aos ganhos reais ao aumento de salário, a elite conclama o
trabalhador dizendo para ele lutar para derrubar a presidente, apenas como pano
de fundo de convencimento ao trabalhador ficar do lado deles, na realidade o
objetivo é derrubar aquilo que a elite considera “privilégios” dos
trabalhadores que foi a valorização do trabalho, pois muitos da classe A e B,
dizem que os trabalhadores atuais estão se “achando” e, que está na hora de cortar o que eles
conquistaram.
Então
em busca dos objetivos, a imitação dos sindicatos de trabalhadores pode ser uma
alternativa, com alguma dificuldade de assumir isto, pois nunca precisaram
fazer movimentos para conquistas, estão movimentando a fim de diminuir o embalo
das melhorias às classes trabalhadoras e, em defesa de uma elite antiga que nos
governos massacrava a classe trabalhadora.
Assis Chateaubriand, 14 de Março de 2015
Dario Belibaldo Acacio