O
Brasil pós impeachment
Dos
quatro últimos mandatários eleitos pelo voto direto dos brasileiros, a metade
não conseguiram finalizar seu período para o qual foi eleito.
A
diferença de Collor que era de cinco anos de mandato e não teria direito a
reeleição, no caso Dilma, a reeleição
existe com validade até 2020, esta conseguiu concluir um mandato, mas perdeu
grande parte deste segundo mandato.
Dizer
que os políticos quando são afastados são inocentes, seria ingenuidade de
qualquer cidadão, pois os ditos populares de onde “há fumaça, existe fogo’
sempre tem verdades inseridas em
quaisquer situações, no entanto acreditar não existir mais corrupção também é
uma grande ingenuidade.
Gostaria
de apenas observar que a presunção da inocência está presente no novo governo, demonstrando tratamentos diferentes com situações
semelhantes às já ocorridas no governo cassado.
Exemplos
mais claros estão no caso das delações premiadas, algumas com mais de cem dias
paradas em mesas da procuradoria geral, além do fato em que não noticiam mais
por “presunção de inocência”, enquanto que no governo afastado primeiro todos
os canais de televisão e jornais noticiavam, para depois a justiça apurar
responsabilidades.
Todas
as delações premiadas envolvendo diretamente ou não o novo mandatário do país poderão
ou não prosperar no sentido da apuração e punição, somente se o novo governo
ignorar os acontecimentos ou começar a não fazer acordos no parlamento. Collor
falou em 2012 que se a presidente não melhorasse as relações com os
parlamentares poderia enfrentar problemas “ele Collor” tinha experiência.
Outro fator, conforme José Mucio, Ministro do TCU, Dilma só foi cassada por não ouvir alertas dos técnicos, inclusive no primeiro momento se ela tivesse reconhecido falhas na prestação de contas, poderia ter feito às correções, o que não fez e culminou na divulgação para imprensa e congresso nacional, chegando ao impeachment.
Outro fator, conforme José Mucio, Ministro do TCU, Dilma só foi cassada por não ouvir alertas dos técnicos, inclusive no primeiro momento se ela tivesse reconhecido falhas na prestação de contas, poderia ter feito às correções, o que não fez e culminou na divulgação para imprensa e congresso nacional, chegando ao impeachment.
Diante
desta realidade, a percepção é que em todos os poderes executivos do Brasil,
sejam governadores de Estado ou prefeitos, precisam ter maioria e bons
relacionamentos entre o legislativo para não correr riscos em perca de mandatos, caso contrário, que é o caso do
governo federal neste momento que tem a maioria, se manter o apoio do
legislativo, terá caminho livre para governar independente de delações premiadas,
gravações e outras denúncias.
Salvo
exceções da justiça, dificilmente no pós impeachment, o governo terá os mesmos problemas de interação com os outros poderes, no entanto
as chances de concluir o mandato são próximas de cem por cento.