IDEB e a Educação
O
economista Gustavo Luschop escritor de textos para a revista Veja, teima sempre
em dar seus pitacos na educação do Brasil, e na edição do dia 24 de setembro,
não foi diferente e fez algumas análises relativas aos principais candidatos a
eleição presidencial.
Ao
expressar sobre a situação atual do Brasil em relação aos resultados apontados
pela avaliação da prova Brasil, que apura os índices do IDEB em todas as
escolas do país. O colunista citou o candidato do PSDB, considerando o Estado
de Minas Gerais e São Paulo como referência, no entanto é importante ter a
clareza que são vários critérios utilizados para se chegar aos números destes
índices.
Um
dos critérios refere-se à distorção série idade, outro está relacionado às
reprovações dos alunos, considerando que os Estados citados não existem
reprovação, pois os alunos aprovam automaticamente até chegar ao final do
Ensino Fundamental, (9.º ano, antiga 8ª série), prova disto, na condição de
diretor de Colégio, recebi uma aluna de São Paulo, no 9.º ano, que não conhece
as cores verdes e amarelas e nem as vogais.
Quando
o aluno que já reprovou faz avaliação da prova Brasil, este tem sua nota
dividida automaticamente por dois, quando o aluno que estuda num Estado onde
não há reprovação, a nota que ele alcança na prova não é dividida ficando uma
nota maior que a dos demais Estados porque nas escolas em geral onde não tem
aprovação automática, sempre tem alguns alunos que reprovaram alguma vez,
considerando os parâmetros avaliativos por disciplinas.
Portanto
se o referencial do Sr. Gustavo Luschop sobre educação são os de São Paulo e
Minas Gerais, é bom que ele tenha conhecimento dos critérios do MEC, e também
saiba que o aluno com aprovação automática oferece um grande retrocesso à
educação, e os números do IDEB, infelizmente são apenas inchados por levar em
conta “a não reprovação e a não distorção idade série”.
Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 25 de Setembro
de 2014
Dario Belibaldo Acacio