A
Professora de Janaúba
Não
imaginava que depois de dois anos, que passei na cidade de Janaúba, Minas
Gerais, iria recordar dos poucos minutos de passagem, através da tragédia
acompanhada das atitudes heroicas que protagonizou a professora Helley Abreu
Batista.
Os
atos de grandezas na vida e na morte são próprios daqueles que de fato gostam
do que fazem. O trabalho dignifica o ser humano a medida que este se dispõe a
trabalhar fazendo do seu trabalho, “sua vida”.
Ainda
que no trabalho profissional haja situações ruins de concretizar, normalmente o
trabalhador faz opções de continuar numa profissão, considerando o conjunto da
obra, isto é, as ações realizadas no cumprimento do trabalho satisfaz em quase
cem por cento.
No
caso específico da professora que faleceu em decorrência das queimaduras, seu
histórico de vida profissional apresentada por vários órgãos de imprensa,
demonstram o quanto valorizava o trabalho de ensinar e construir saberes, de
forma tal que o mundo se comoveu pela atitude de salvar cerca de 25 crianças,
que terão uma vida toda para agradecer, por aqueles minutos de desespero de uma
professora preocupada com a vida “daqueles que por ironia são estudantes da
escola GENTE INOCENTE, sendo as crianças inocentes por natureza” jamais
esperavam uma atitude covarde e assassina daquele que estava ali para cuidar
delas.
Que
este ato de grandeza da professora, Helley seja um espelho para o mundo, pois o
fato de lutar pela vida de inocentes, vai além de palavras bonitas, vai além de
boa didática e metodologias espetaculares e inovadoras, isto perpassa todas as
técnicas de ensino para construção da aprendizagem, mas demonstra como diz (Cortella),
ela foi IMPORTANTE, na vida e na morte, tanto para as crianças sobreviventes,
mas também à milhares de pessoas.
Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 08 de Outubro de
2017
Dario Belibaldo Acacio
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