domingo, 25 de setembro de 2016

Ensino Médio

Ensino Médio

A mudança prevista para o ensino médio brasileiro está deixando grandes dúvidas em relação à efetivação desta política direcionada aos jovens que estudam dentro da educação básica.

No final da década de 90, as modificações realizadas foram no sentido de retirar dos currículos escolares as disciplinas e cursos que tinham como objetivo dar formação profissional e ou técnica em nível médio. O discurso político da época sinalizava que todos os alunos deviam estudar apenas os três anos do ensino médio e, em seguida tinha por obrigação prestar vestibular, ingressar num curso superior visando obter a profissionalização.

Do ano 1996 até o ano 2001, percentuais altíssimos dos cursos profissionalizantes em nível médio foram extintos, em contrapartida mobilizaram e incentivaram a abertura de cursos em faculdades particulares, visando o atendimento da demanda de alunos egressos do ensino médio de  três anos, considerando que esta tentativa de melhorar os índices relativos  na formação superior não tiveram grande êxito, a partir do ano de 2003 iniciaram os movimentos em prol do retorno dos cursos técnicos  em nível médio, expandindo gradativamente.

Algumas semelhanças das possíveis mudanças, 20 anos mais tarde,  encontram exatamente  no incentivo financeiro aos estabelecimentos de ensino que aderirem de imediato ao novo formato do ensino médio. Conforme especialistas, a ideia importada em partes da Europa e dos Estados Unidos,  possui enormes dúvidas e vácuo muito grande na futura execução do projeto.

As disciplinas de Arte, Educação Física além de filosofia e sociologia que fazem o cidadão discutir realidade, buscar compreender os conflitos da vida, estão sendo postas na condição de optativas, neste caso é perceptível que o aluno vai escolher aquelas disciplinas consideradas mais fáceis, o fato de deixar de receber muitos conteúdos relativos a vida, poderá ser encarada como uma forma restritiva do saber, deixando este cidadão menos competitivo.

Diante das incertezas, assistimos versões diferenciadas em menos de vinte quatro horas, relativo as disciplinas eletivas, demonstrando que as definições podem gerar grandes polêmicas.

Os alunos poderão ser os grandes prejudicados, ao invés de grandes beneficiados como prediz todos os discursos entusiastas das modificações, nos anos 1996 a 2002, o Estado do Paraná, chegou a ter duas mil matrizes curriculares diferentes, tinha aluno que reprovava numa disciplina, mas ao ser transferido na outra escola não existia aquela disciplina, era bem complexa a situação, a torcida, no entanto é que as atuais propostas contidas na medida provisória 746/2016, consiga superar os problemas do passado.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 25 de Setembro de 2016
Dario Belibaldo Acacio

domingo, 11 de setembro de 2016

Alguns Deputados Federais

Alguns Deputados Federais

É inegável ao brasileiro conhecedor no campo político dos direitos e deveres, que o papel do deputado federal na vida pública é considerado de relevância, por serem responsáveis pela fiscalização do executivo e elaboração de Leis que mobiliza a vida do cidadão.

No Brasil atualmente existem na Câmara federal, 513 deputados federais considerados legítimos representantes da população em geral, sendo distribuídas suas vagas pelas unidades da federação, ou seja, cada Estado tem a quantidade de deputados conforme o número do eleitorado.

Infelizmente em todos os grupos de representações políticas ou de profissionais, existem as pessoas que honram os princípios e atuam em conformidade com a legislação, enquanto pelo contrário, muitos preferem caminhos considerados fáceis de benefícios sociais ou econômicos repentinos que são arriscados, por serem de fato denominados “corrupção”.

Assistimos nos últimos meses muitos políticos criticando a respeito de combater a corrupção, e em seguida vem à tona que diversos políticos estão envolvidos em corrupção, mas no dia da votação inicial do processo de impeachment da presidente Dilma, a deputada Raquel Muniz, mencionou o prefeito de Montes Claros como exemplo de administração para justificar seu voto, mas no outro dia o marido foi preso por corrupção, além do mais recentemente a Polícia Federal divulgou que há dois anos estava investigando as fraudes do grupo da deputada, que chegam a 300 milhões de desvios de dinheiro, sendo através do Fies era uma das principais formas de angariar recursos, além de fraudes fiscais, crimes tributários e crimes previdenciários.

Se considerar outro político, Eduardo Cunha, que está prestes a ser cassado pela Câmara, também o envolvimento na corrupção dele deve ser acima de 100 milhões de dólares, com propinas de campanha, dinheiro da Petrobrás, enfim há diversas fontes as quais sangrou os cofres públicos.
Diante de duas situações há esta roubalheira toda, se considerar as notícias do New York Times, do mês de abril, além de outros meios de comunicação do Brasil que divulgaram a existência de 300 deputados envolvidos diretamente em corrupção na Câmara dos Deputados, imagine a cifra de bilhões que podem chegar se todos desviaram quantia semelhante aos citados.

Portanto, infelizmente os deputados federais “corruptos” deveriam valorizar muito mais o voto, trabalhando pelo cidadão de bem, legislando para o povo da forma que a “minoria” dos parlamentares fazem, criando leis em benefício do trabalhador e do equilíbrio entre empresários, comerciante e industriais, promovendo o bem estar de todos.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 11 de Setembro de 2016
Dario Belibaldo Acacio

domingo, 4 de setembro de 2016

O Brasil pós impeachment

O Brasil pós impeachment

Dos quatro últimos mandatários eleitos pelo voto direto dos brasileiros, a metade não conseguiram finalizar seu período para o qual foi eleito.
A diferença de Collor que era de cinco anos de mandato e não teria direito a reeleição, no caso Dilma,  a reeleição existe com validade até 2020, esta conseguiu concluir um mandato, mas perdeu grande parte deste segundo mandato.
Dizer que os políticos quando são afastados são inocentes, seria ingenuidade de qualquer cidadão, pois os ditos populares de onde “há fumaça, existe fogo’ sempre tem  verdades inseridas em quaisquer situações, no entanto acreditar não existir mais corrupção também é uma grande ingenuidade.
Gostaria de apenas observar que a presunção da inocência está presente  no novo governo, demonstrando  tratamentos diferentes com situações semelhantes às já ocorridas no governo cassado.
Exemplos mais claros estão no caso das delações premiadas, algumas com mais de cem dias paradas em mesas da procuradoria geral, além do fato em que não noticiam mais por “presunção de inocência”, enquanto que no governo afastado primeiro todos os canais de televisão e jornais noticiavam, para depois a justiça apurar responsabilidades.
Todas as delações premiadas envolvendo diretamente ou não o novo mandatário do país poderão ou não prosperar no sentido da apuração e punição, somente se o novo governo ignorar os acontecimentos ou começar a não fazer acordos no parlamento. Collor falou em 2012 que se a presidente não melhorasse as relações com os parlamentares poderia enfrentar problemas “ele Collor” tinha experiência. 
Outro fator,  conforme José Mucio, Ministro do TCU, Dilma só foi cassada por não ouvir alertas dos técnicos, inclusive no primeiro momento se ela tivesse reconhecido falhas na prestação de contas, poderia ter feito às correções, o que não fez e culminou na divulgação para imprensa e congresso nacional, chegando ao impeachment.
Diante desta realidade, a percepção é que em todos os poderes executivos do Brasil, sejam governadores de Estado ou prefeitos, precisam ter maioria e bons relacionamentos entre o legislativo para não correr riscos em perca de  mandatos, caso contrário, que é o caso do governo federal neste momento que tem a maioria, se manter o apoio do legislativo, terá caminho livre para governar independente de delações premiadas, gravações e outras denúncias.
Salvo exceções da justiça, dificilmente no pós impeachment,  o governo terá os mesmos problemas de  interação com os outros poderes, no entanto as chances de concluir o mandato são próximas de cem por cento.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 04 de Setembro de 2016

Dario Belibaldo Acacio

domingo, 24 de abril de 2016

Eleição indireta

Eleição Indireta

Após quase trinta anos da aprovação das eleições diretas para presidente e vice-presidente da república, percebe-se um grande entusiasmo pelos congressista em poder decidir sobre presidente da república.

Antecedendo a constituição cidadã, atual proclamada em 1988, o Brasil teve a derrota da emenda Dante de Oliveira, que previa as "Diretas Já".

Depois de 7 eleições diretas para presidente da república, sendo que se considerar o resultado do dia 17 de abril de 2016 na Câmara dos Deputados, será o segundo mandato em que o mandatário não consegue concluir em razão do impeachment,  dos 4 eleitos no período, 2 afastados, isto é 50% não concluiu o mandato.

Ao observar o que os Deputados atuais estão muito convencidos do poder exercido na votação do impeachment, mesmo estando cerca de 60% deles envolvidos em corrupção, torna se possível prever a existência de parlamentares, com uma vontade imensa de exercer o mesmo poder para afastar, também para eleger.

A esperança está de fato nas ruas, na mídia considerada de baixo clero, que continue denunciando os desmandos nacionais, caso contrário o Brasil pode ainda ter a decepção de voltar a eleição indireta para presidente, com alegação semelhante a de Bolsonaro "que disse ter votado a favor do impeachment, para a presidente não eleger o sucessor em 2018".

Caso a "grande mídia" mostrar um eventual governo Temer numa mudança radical de melhora para a população, poderá ser comparada com Itamar Franco em relação ao plano Real e, vir a justificativa, "que os deputados sabem escolher", por este motivo devem ser eles a escolherem o presidente.

Com toda formação política construída através da abertura democrática no Brasil, considero pouco provável esta hipótese, mas vale como alerta frente aos movimentos dos parlamentares que pode surgir a partir deste ano.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 24 de Abril de 2016
Dario Belibaldo Acacio



domingo, 20 de março de 2016

Crise Econômica atual



Crise Econômica atual


O Brasil vive uma crise envolvendo todos os poderes constituídos da nação, a cada dia que passa as informações relativas à corrupção tem avolumado de forma assustadora, enfatizando o centro do poder nacional,  além do legislativo estar na mira das operações em que apura os crimes de responsabilidade e o poder judiciário tem apresentado alguns problemas, quando acionado para judicializar a política.


Num país onde a imprensa é livre, torna-se comum ouvir e assistir as mais variadas formas para informar sobre a crise política que está em curso, todo brasileiro que presta atenção nas notícias e principalmente  o cidadão “considerado politizado” percebe claramente ser as questões políticas que somaram ás denúncias de corrupção e a partir da eleição de 2014 outros problemas do Brasil, gerando incertezas, desemprego, desaquecimento na economia e outros.


Mas gostaria de observar que não precisa ser tão  antigo, para entender alguns fatos históricos relativos a economia, no ano de 1990 ao término do governo Sarney, a inflação oficial do mês de março, mês da transição do governo,  ultrapassou a casa dos 84% (oitenta e quatro  por cento),  com o salário mínimo naquele mês de Cr$ 3674,06(três mil seiscentos e setenta e quatro cruzeiros e seis centavos), isto na época era equivalente a U$ 86,00 (oitenta e seis dólares), lembrando que a inflação no mês de janeiro daquele ano tinha sido superior a 56%.


No entanto os mercados e comércio em geral aumentavam os preços diariamente ou até duas vezes por dia, estes fatos nos transportam a uma análise da atual conjuntura econômica, ao comparar é importante dizer que a inflação mensal está abaixo de 1% (um por cento), no mês de março de 2016, o salário mínimo brasileiro, no valor superior a 240 dólares, neste caso o poder de compra está muito maior. 


Ao analisar os fatos reais apresentados, o trabalhador brasileiro em geral está com muito mais condições econômica, demonstrando sim que há desaquecimento na indústria e comércio, diminuindo os empregos, no entanto,  “dizer que estamos no pior momento econômico da história” é no mínimo subestimar  a realidade e esconder a história, demonizando o momento atual, existem diversos blogs, jornalistas e editoriais de jornais colocando esta frase, por  omissão ou falta de informação.


Considerando que sempre manifesto sobre assuntos gerais, é preciso dizer que estamos numa das piores crises moral e ética da política brasileira, por estar grande parte dos políticos envolvidos em corrupção e inclusive  podendo ser impedido a presidente de exercer o restante do mandato, mas acontecendo o impeachment, qual será a sequência dos fatos, irão investigar os envolvidos já denunciados, ou irão acomodar justificando que o mais importante foi feito, deixando muitos políticos impunes?





 Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 20 de Março de 2016

Dario Belibaldo Acacio

domingo, 21 de fevereiro de 2016

A história na televisão



A história na televisão

Os meios de comunicação têm cada vez mais ampliados suas formas de atuação, em busca de audiência. A televisão precisa vender seus programas, e os patrocinadores precisam vender os produtos anunciados nos programas de televisão.

Ao observar os programas exibidos na atualidade, percebemos a apelação desde as tragédias da realidade, como a ficção apresentada simulando uma situação da vida no cotidiano,  para conseguir um desempenho melhor nos índices de audiência.

Os diferentes canais de televisão da tv aberta, não conseguem ser tão distintos assim como procuram anunciar, basta observar um pouco que torna possível visualizar que além das tragédias e sensacionalismo para cativar público, há uma forma utilizada nos últimos anos, concentrada nas histórias de vida pessoal, sejam estas de famosos conhecidos no meio artístico ou de pessoas anônimas que tiveram uma mudança de vida marcante.

Existem programas de entrevistas com personalidades políticas e intelectuais, que no final exibe uma história envolvendo emoções na mudança de vida do entrevistado ou de outra pessoa demonstrando a finalidade de manter audiência, mas principalmente nos programas de variedades que exibem vários quadros, também destinam uma parte do programa para contar uma história.

Diante desta realidade, torna possível avaliar que mesmo com todo trabalho de diversos profissionais do ramo publicitário, jornalísticos, marketing e outros atuantes na produção de um programa de televisão, há consenso “mesmo não assumido” entre produtores dos diversos canais de televisão, que o cidadão gosta de assistir as coisas simples da vida, ou seja, a história de alguém  desperta sentimentos, provoca emoções no telespectador e transformam em audiência e lucros.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 21 de Fevereiro de 2016
Dario Belibaldo Acacio