domingo, 17 de agosto de 2014

Impunidade: Ciclista sem braço



Impunidade: Ciclista sem braço

Que sentimento pode ter um ser humano após provocar um acidente?  Um curso superior pode mudar atitudes na vida de um cidadão?  

Ao considerar estas perguntas torna-se interessante observar alguns acontecimentos pontuais. Conforme todos os noticiários, no dia 10 de março de 2013, o jovem de 21 anos, trabalhador que estava indo para mais um dia de lavar vidros em prédios, na cidade de São Paulo, teve a infelicidade de ser atingido por um carro.

David, ciclista iria trabalhar naquele dia limpando vidros do Instituto do Câncer, ao ser atropelado perdeu seu braço, contou com pessoas que viram a situação acontecer, o moço Thiago Chagas dos Santos, técnico em enfermagem fez os primeiros socorros. Na ocasião o ciclista chegou a dizer que estaria perdoando o motorista embriagado, que era acadêmico de psicologia.

O motorista ao atropelar e decepar o braço do ciclista,  além de não prestar socorro,  teve a malandragem de pegar o braço do David, que caiu dentro do carro após quebrar o para-brisa,  e jogar dentro de um rio acreditando que o ciclista estava morto e não faria diferença.

David diz que a justiça ficou do lado deles, referindo-se ao: acadêmico de psicologia, motorista embriagado, que teve coragem de jogar o braço dele num córrego não permitindo o reimplante do mesmo, motorista não foi acusado de homicídio apenas de lesão corporal, condenado apenas a dormir na cadeia por Seis anos, e pagar indenização de 60 salários mínimos.

Diante desta situação, cabe a reflexão será que as  condições sociais de uma família fazem muita diferença nas atitudes dos filhos frente à desgraça alheia, ou ainda um curso superior, principalmente o de psicologia torna o cidadão mais humano, ou nas atitudes prevalecem  as defendidas na família independente da formação acadêmica?

O ciclista foi punido duas vezes, no acidente e ao saber do resultado da justiça, enquanto que o atropelador aproveita da impunidade e como dizem a juventude “está de boa”, tido apenas na condição de um atropelador assustado que fugiu com medo de ração das pessoas da rua.

O consolo para o jovem David, está na prótese recebida de presente na cidade de Sorocaba, São Paulo no valor de trezentos mil reais, oportunizando a reaprender movimentos e aproximar da vida normal que tinha antes do acidente.

Assis Chateaubriand, Paraná, Brasil, 17 de Agosto de 2014
Dario Belibaldo Acacio

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